Entrevista ao ExLibris – Comunidade Terapêutica
Sendo uma resposta social da Cáritas Diocesana de Beja, a Comunidade Terapêutica Horta Nova norteia a sua atuação pela utilização de metodologias adequadas ao tratamento e reinserção de toxicodependentes e alcoólicos. Em entrevista ao ExLibris®, Teresa Chaves, presidente da Cáritas Diocesana de Beja, Maria do Carmo, diretora técnica da Comunidade Terapêutica, e Cátia Graça, psicóloga clínica, evidenciam o modelo terapêutico que tem como objetivo a recuperação plena do adicto. Este é, de facto, um projeto que evidencia que não há limites para os que ousam sonhar em recomeçar e encontrar o sentido da vida!
Num universo de beleza e encantamento, percorremos as planícies alentejanas e chegámos a Beja. Ao dar os primeiros passos na Comunidade Terapêutica Horta Nova, deixámo-nos conquistar pela paisagem idílica, onde o horizonte é rasgado por feixes de luz que resplandecem e formam um verdadeiro esplendor de beleza natural. Esta tela digna de Picasso, Monet ou Matisse é emoldurada pelas lezírias, coroada pelo branco das casas típicas e pincelada pelo dourado do pôr do sol. «Tudo é tranquilo e sonhador. Olhando esta paisagem que é uma tela. De Deus, eu penso então: Onde há pintor. Onde há artista de saber profundo, que possa imaginar coisa mais bela, mais delicada e linda neste mundo?
Enquanto resposta social da Cáritas Diocesana de Beja [ver caixa de texto], a Comunidade Terapêutica tem como missão implementar as metodologias adequadas ao tratamento e reinserção de toxicodependentes e alcoólicos. Nascido em 1998, este projeto tem evidenciado um nível sustentado de crescimento, em prol da recuperação e reinserção de pessoas com dependências químicas.
Neste sentido, num espaço que responde a elevados padrões de qualidade, com uma equipa multidisciplinar, altamente qualificada, bem como supervisão clínica e psiquiátrica, “o residente é estimulado à consciencialização do seu problema, dificuldades e limitações. O objetivo aqui subjacente é criar condições para que se desencadeiem processos de mudança, comportamentais e relacionais que permitam a cada utente, de futuro, manter uma vida abstinente de consumos nocivos”, afirma Maria do Carmo, diretora técnica.
Por isso, e citando as palavras da poetisa Cora Coralina, «mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir». E esta é a altura de decidir caminhar por um novo rumo; descobrir uma segunda oportunidade para reaprender a viver com estilos de vida saudáveis e mecanismos que garantam a sobriedade de quem, outrora, encontrou na Adição uma alternativa. Os residentes da Comunidade Terapêutica Horta Nova encontram, aqui, os alicerces para virar a página e começar a escrever uma nova história que terá, certamente, ‘um final feliz’.
(Leia a entrevista completa) {phocadownload view=file|id=13|target=s}
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