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Numa entrevista realizada pelo Diário do Alentejo, o presidente da Cáritas Diocesana de Beja, Isaurindo Oliveira falou sobre as questões relacionadas com o  Programa Operacional de Apoio a pessoas mais carenciadas.  A Direção-Geral de Saúde lançou na semana passada um manual de orientação para a “utilização adequada” dos cabazes alimentares, que substitui as cantinas sociais e que a Caritas Diocesana de Beja (CDB) iniciou há cerca de um mês. Fica a aqui um excerto da entrevista ao Diário do Alentejo. 

Quais as principais alterações que estes instrumentos vão produzir no combate à pobreza e à exclusão social? 
O Programa Operacional de Apoio a pessoas mais carenciadas, financiado pelo Fundo Europeu de Auxilio às Pessoas Carenciadas, tem como objetivo a distribuição mensal de cabazes de alimentos, com por um conjunto diversificado de produtos, que permite uma alimentação nutricionalmente equilibrada. As quantidades de alimentos a distribuir foram calculadas para assegurar 50 por cento das necessidades nutricionais diárias de cada pessoa. Para além da distribuição dos cabazes, o programa tem com finalidade desenvolver medidas de acompanhamento que promovam a capacitação das pessoas carenciadas para uma gestão mais adequadas dos alimentos, evitando o desperdício alimentar. Este programa abrange, no caso da CDB, um total de 325 pessoas dos concelhos de Beja, Ferreira do Alentejo, Cuba, Alvito e Vidigueira. A saída destas famílias de cantina social vai permitir maior autonomia, dando a oportunidade de serem as próprias a confecionar as suas refeições em contexto familiar. Poder-se-á dizer que o projeto anterior dava o peixe, enquanto esta nova versão dá a cana e ensina a pescar.