Dia Mundial da Ajuda Humanitária
Hoje, dia 19 de agosto, assinala-se o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de dirigir um apelo ao espírito humanitário em cada um de nós, lembrando que todos os dias, os trabalhadores humanitários que ajudam milhões de pessoas por todo o mundo.
Neste dia tão especial, a Cáritas Diocesana de Beja, queria aproveitar a oportunidade para lembrar as várias crises humanitárias esquecidas que vêm gerando dor e sofrimento há vários anos entre as pessoas que as sofrem, e que sobre as quais a comunicação social fique impávida perante o que está acontecendo e sem que a comunidade internacional garanta adequadamente os direitos fundamentais dessas populações.
Recordar as crises esquecidas num dia como hoje envolve lembrar as vítimas da violência causada pelas gangues e grupos de narcotraficantes no México e no Triângulo Norte da América Latina (Honduras, El Salvador e Guatemala); para aqueles que sofrem perseguição étnica em Mianmar; aqueles que são forçados a deixar as suas casas devido a conflitos armados em Mindanao (Filipinas), Colômbia e Ucrânia; para aqueles que têm que fugir de suas localidades devido a confrontos inter-étnicos em Mali e outras áreas do Sahel; para aqueles que são forçados a pedir asilo em outros países devido a conflitos políticos no Sudão, Burundi, Venezuela e Haiti.
Recordar as crises esquecidas num dia como hoje implica também alertar a sociedade sobre as consequências que estes conflitos causam entre a população mais vulnerável devido ao estado de abandono em que se encontram, além de tornar visível a realidade do fenómeno.
Recordar as crises esquecidas num dia como hoje, faz com que estejamos mais comprometidos com a missão da Caritas como um instrumento de serviço para aqueles que sofrem, disponibilizando todo o nosso conhecimento e capacidades para as vítimas de guerra e desastres naturais, tentando em todos os momentos preservar a vida humana, aliviar seu sofrimento e respeitar a dignidade da pessoa, de acordo com os princípios da humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência, dos quais devemos ser garantes através de nossa ação.
Recordar as crises esquecidas num dia como hoje implica reafirmar nosso modelo de cooperação fraterna com as Igrejas locais e a Caritas dos 165 países que fazem parte da rede internacional, que são a marca do nosso trabalho humanitário que nos permite estar sempre presente, antes, durante e após as emergências; e que nos leva a trabalhar não apenas “para” a população local, mas também “com” a população local.