A 1ª Sessão de Formação Cáritas
Introdução à Cáritas
A 1ª Sessão de Formação Cáritas decorreu entre o dia 25 e 28 de junho, em Torres Novas. Reúniu a rede nacional Cáritas numa iniciativa que junta, em torno de um programa de formação, os diferentes níveis de intervenção na família Cáritas: nacional, diocesano e paroquial.
Juan Ambrósio, coordenador nacional do Plano Estratégico da Cáritas em Portugal, no âmbito do protocolo da Cáritas com a Faculdade de Teologia da Universidade Católica, e onde se integra a área da Formação Cáritas, explica a importância desta semana de formação e dos seus objectivos: “Ela foi pensada para dar resposta às necessidades que vamos sentido e da gente nova que vai entrando nas Cáritas diocesanas e pensou-se numa formação que tivesse uma primeira parte de enquadramento do que é a Cáritas e a sua identidade e missão, nacional, mas também europeu e internacional. Depois pensar em alguns espaços temáticos que ajudassem os diversos membros da Cáritas nas diferentes áreas em que trabalham. É uma primeira proposta e a resposta foi positiva. Temos perto de 60 pessoas a participar e estamos satisfeitos e é um trabalho que vamos continuar a fazer.”
A Semana de Formação arrancou com uma visita ao Marco Estratégico da Caritas Internationalis, com uma viagem pela identidade e missão da Cáritas nos seus contextos locais, nacionais, mas também europeu e internacional. Trouxe aos participantes uma leitura cruzada com o Plano Estratégico da Cáritas em Portugal, apontando os principais eixos de ação e a reflexão que, a partir deles, é feita da forma como também a Cáritas em Portugal se organiza e atua. “O importante é perceber que a Cáritas é de facto uma confederação enorme e temos de ter muito colar o quais são os marcos e o horizonte em que a sua identidade está definida e depois, a partir daí, então, há espaço para a pluralidade, mas é importante que fique claro o que é que é Cáritas e o que não é Cáritas”.
A Cáritas acredita que é possível a mudança! Uma mudança que faça do mundo um lugar mais justo, cuidando simultaneamente de toda a criação.”
O Plano Estratégico da Cáritas Portuguesa, tem trabalhado em linha com a Caritas Internationalis e começa agora também a fazer uma leitura de como deverá seguir o seu trabalho para acompanhar oeste novo documento, aprovado na Assembleia geral, em maio de 2019, e estamos já a trabalhar para nos mantermos a parte com este
“Pelas experiências de vida e pelas esperanças das pessoas” a Cáritas tem pela frente o desafio de estar no mundo, partindo das periferias para o centro, sem deixar ninguém para trás olhando com particular cuidado para aqueles que vivem em fragilidade, mas sem esquecer que o desenvolvimento integral da pessoa humana diz respeito a todos, em todos os seus contextos e não colocando entraves à participação. Isto é “Cuidar da Casa Comum” para que, de verdade, possamos ser uma Só Família Humana e hoje, cuidar da casa comum, é também ter um olhar particular e promover espaços de integração e de participação para os jovens e as mulheres.
Também o Pensamento Social Cristão, esteve no arranque desta Semana de Formação. O Pe. José Manuel Pereira de Almeida, Assistente Eclesiástico da Cáritas Portuguesa, levou os participantes a conhecer o pensamento da Igreja sobre a ação social nos seus fundamentos e na essência daquilo que é o serviço aos mais frágeis naquilo que é a construção do Bem Comum.
O programa desta formação foi desenhado para integrar a realização de diferentes workshops que foram coordenados por diferentes entidades. A Gestão de Projetos e Planeamento Estratégico, pela Cáritas Diocesana de Beja; Gestão Voluntariado, pela Confederação Portuguesa do Voluntariado e pela IBM Portugal os participantes foram desafiados a descobrir o que é e como poderão implementar o Design Thinking.
Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, destaca a dinâmica associada a este espaço de formação que possibilitou a participação de diferentes membros da família Cáritas em diferentes momentos e com diferentes conteúdos e, acima de tudo, “a oportunidade de partilhar a riqueza e a capacidade de intervenção que as Cáritas diocesanas têm na sua atividade e que supera a imagem generalizada de assistência. Podemos aqui encontrar experiências de trabalho que contribuem de forma absoluta para o desenvolvimento da suas comunidades e da sociedade de forma geral e que revelam a capacidade da Cáritas de ser mobilizadora e, verdadeiramente, transformadora da sociedade”.
Entre os cerca de 60 participantes que estiveram nesta 1ª Semana de Formação, o sentimento foi, naturalmente, de enriquecimento e de um sentido alargado de pertença a esta família alargado. Márcio Guerra, colaborador da Cáritas Diocesana de Beja, define esta formação como uma oportunidade de poder alargar o seu conhecimento da própria rede Cáritas em Portugal e ter um conhecimento alargado daquilo que é o trabalho da organização em Portugal: “É sobretudo um espaço importante de reflexão e aprendizagem, mas é sobretudo um espaço de partilha em que cada Cáritas diocesana pode dar o seu contributo daquilo que é a sua realidade. Faz-nos reflectir sobre a necessidade de sairmos de nós e de tomarmos consciência do tamanho do mundo em que estamos inseridos e daquilo que é a interversão da Cáritas em todo o mundo!”.